Serra Talhada recebeu Caravana da Mulher da Polícia Civil

Caravana leva informações sobre os direitos das mulheres e efetividade da Lei Maria da Penha […]

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publicado: 02/12/2017 10h27,
última modificação: 02/12/2017 10h27

Através de articulação do governo municipal, a cidade de Serra Talhada recebeu na última quarta-feira (29), o projeto Caravana da Mulher promovida pela Polícia Civil de Pernambuco. Na oportunidade, foi realizada uma importante palestra com a delegada do Departamento de Polícia da Mulher (DPMul), Gleide Ângelo, sobre a Lei Maria da Penha e feminicídio em Pernambuco. O objetivo da caravana é conscientizar as mulheres sobre seus direitos e evitar que mais crimes contra elas continuem acontecendo.

De acordo com a delegada Gleide Ângelo, as caravanas são importantes para a conscientização das mulheres sobre seus direitos. “Esse é um trabalho feito em conjunto com os municípios que nos procuram e manifestam interesse em receber a caravana, assim como fez Serra Talhada. Nossa proposta é levar as mulheres informações sobre  todos os direitos que elas tem para que elas se sintam seguras em denunciar a violência doméstica, porque essa é uma violência que acontece dentro de casa, não tem como a polícia tomar conhecimento, a não ser nos casos de feminicídio”, explicou.

Ainda segundo a delegada, as estatísticas mostram que a lei funciona e as mulheres precisam acreditar que vale a pena procurar a delegacia. “As estatísticas mostram que as mulheres que denunciam não morrem, as que morreram são aquelas que não denunciaram e não tiveram ajuda, permanecendo caladas; isso mostra que a Lei Maria da Penha funciona e as mulheres precisam tomar conhecimento de todo o processo antes e depois da denúncia para que tenham coragem de procurar a polícia”, concluiu .

A coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Serra Talhada – CEAM, Rose Silva, esteve na palestra e destacou as dificuldades ainda existentes no enfrentamento à violência doméstica. “Temos conhecimento de muitos casos de violência contra mulheres, no entanto, nem todas tem coragem de procurar a delegacia e denunciar seus agressores, porque essas mulheres ainda tem muito medo, é por isso que nós do centro especializado trabalhamos diariamente para atender o máximo possível de mulheres em situação de risco, levando orientação e auxílio, porque entendemos que esse ainda é um caminho longo, mas que podemos avançar”, comentou.

Números

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), entre os anos de 2012 e 2016, mais de 155 mil mulheres foram vítimas da violência de gênero no estado. Os números revelam ainda que entre os meses de janeiro e junho deste ano já foram registrados mais de 15,8 mil casos.