A Secretaria de Agricultura de Serra Talhada, através do programa “Brasil sem Miséria” do Governo Federal, vem desenvolvendo, juntamente com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) um projeto que visa melhorar a renda de pequenos agricultores, considerados carentes.
O projeto trata da criação de abelhas. Através da Codevasf já existe no Assentamento Poço do Serrote a “Casa do Mel”, uma associação que trabalha com 22 pequenos apicultores que beneficiam mensalmente cerca de 10 toneladas de mel que são comercializadas com as prefeitura de Serra Talhada, através do PAA, Custódia, Gravatá e Carpina, para inclusão na merenda escolar das escolas do município.
Essa produção agora deverá ser aumentada, passando de 10 para 100 toneladas/mês, melhorando consideravelmente a renda dos apicultores que hoje gira em torno de 1 salário mínimo e meio mensalmente.
Esse aumento deve-se graças a um projeto da Secretaria de Agricultura de Serra Talhada, apresentado a Codevasf em junho deste ano e que agora é atendido.
A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, fez a entrega nesta quinta-feira (19) de 560 caixas completas com melqueiras, além de 22 formigadores, 44 pares de luva, 44 pares de botas, 22 macacões, 22 carretilhas, 22 formões, 560 Kg de cera, 22 chapéus, 1.200 melqueiras, 560 fundos, tampas e suportes. Todo esse equipamento será dividido entre os 22 apicultores cadastrados, tocando de 20 a 30 kits para cada um.
O mel de Serra Talhada hoje está sendo produzido no Assentamento Poço do Serrote, localizado no 1º distrito do município, na Fazenda Nova, também no 1º distrito, no Assentamento Três Irmãos e Fazenda Catolé, no distrito de Serrinha e na Fazenda São João dos Gaias em Santa Rita.
De acordo com o secretário José Pereira, a produção pode aumentar ainda mais, “infelizmente o ano seco atrapalhou muito, pois a caatinga não forneceu as flores necessárias para produção de mel”, explicou, e informou que a secretaria dá toda assistência técnica aos produtores de mel, principalmente com suporte. “Procuramos, na época da floração, através de gotejamento, feito com garrafas PET, manter as árvores irrigadas, fazendo durar mais tempo as flores e também procuramos fazer um trabalho de conscientização dos apicultores para preservação da caatinga, afinal, o trabalho na criação de abelhas, é delas (as abelhas), o homem vai apenas colher o mel”, declara.
Pereira informa que outros projetos estão em andamento junto a Codevasf, como o de criação da caprinos e ovinos , criação de aves, e acredita que até abril do próximo ano já estejam sendo posto em prática. Até agora já foram cadastradas 400 famílias para estes projetos, a cada uma deve ser entregue 10 matrizes e um reprodutor, no caso dos caprinos e ovinos, a expectativa é de que em dois anos, cada família já possua 120 criações.