Começa a tomar as formas finais o IHGPajeú (Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú), órgão que congrega escritores, pesquisadores artistas e professores que se dedicam ao estudo da região.
A micro-região denominada “sertão do Pajeú” está localizada no centro geográfico de Pernambuco e é formada pelos municípios banhados pelo lendário Rio Pajeú, um dos maiores afluentes do rio São Francisco, mesmo sendo um rio temporário.
A bacia hidrográfica do Pajeú, que não se resume apenas às cidades que estão no, leito do rio, e sim de todas as cidades que possuam algum afluente que venha a desaguar no mesmo, é formada por 22 municípios: Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Floresta, São José do Egito, São José do Belmonte, Itapetim, Flores, Carnaiba, Brejinho, Santa Terezinha, Mirandiba, Quixaba, Iguaraci, Tuparetama, Carnaubeira da Penha, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Calumbi, Ingazeira, Tabira, Betânia e Itacuruba.
A criação do IHGPajeú vem sendo incubada pela Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada e até agora 11 reuniões, itinerantes, já foram realizadas para discutir o estatuto e regras para o órgão. A última reunião aconteceu no sábado (25 de janeiro) em Triunfo-PE, onde foi anunciado pelo presidente da Casa da Cultura de Serra Talhada, Tarcisio Rodrigues, que já está disponível o espaço físico para instalação do Instituto e, onde será montado o Museu do Pajeú.
Segundo Rodrigues o Museu, que ficará localizado na Praça Agamenom Magalhães (Concha Acústica) no centro de Serra Talhada, deverá ser inaugurado até o próximo mês de junho. “Nele vamos contar a história de toda região”, declarou ele e lembrou que sendo o cordel e o repente as marcas que mais identificam a região “certamente teremos o cuidado de reservar um espaço especial para este tema”, garantiu.
A montagem do Museu está a cargo da Casa da Cultura pela sua experiência no ramo. A Fundação mantém o Museu da Cidade há 28 anos.
“Estamos realizando reuniões em todas as cidades do Pajeú, queremos até o final do ano ter visitados cada uma, só então vamos dar posse das cadeiras do Instituto”, declarou Alberto Rodrigues,um dos idealizadores da idéia. Para ele o Instituto é muito importante para os estudos sobre a região, pois vai procurar catalogar e manter um acervo de livros e documentos para pesquisas dos interessados.
A sede do instituto ficará em Serra Talhada, “mas é um patrimônio de todo o Pajeú”, declara Tarcisio Rodrigues. No momento somente a prefeitura de Serra Talhada está participando do projeto através da sua Fundação de Cultura, mas, conforme explicam seus fundadores, no momento certo todos os prefeitos serão convidados para participar, “e temos certeza não vão se negar, esta é mais uma ferramenta para trabalhar pela região que já é rica em histórias e personalidades e que tem mais ainda para contribuir”, disse Alberto.
A Baseando-se nos fatos históricos e personagens da região, com certeza o Museu do Pajeú terá muita coisa para mostrar aos seus visitantes, pois é o berço de Virgolino Ferreira (Lampião), de Antonio Silvino, Moacir Santos, Agamenom Magalhães, Louro do Pajeú, Zé Dantas, Otacilo Batista, Arnoud Rodrigues, Assisão e tantos outras personalidades da história do nordeste e do Brasil.
“Nossa primeira meta é fazer o Pajeú conhecer o Pajeú, depois então vamos nos mostrar para o mundo, a começar da inauguração do Museu, que esperamos seja em junho, em dezembro, no máximo, instalamos em definitivo o IHGPajeú, que vai escrever uma nova página na história de Pernambuco”, disse Tarcisio Rodrigues.