ST começa a 2ª etapa do projeto para retomada da cultura do algodão

“Vamos fortalecer o Campo”, com estas palavras o prefeito Luciano Duque iniciou o seu discurso neste ultimo sábado (18) na sede da Associação Comunitária dos Agricultores da Vila de Santa Rita, 7º Distrito de Serra Talhada.   A Secretaria de Agricultura Familiar do Município reuniu na oportunidade cerca de 50 agricultores da região de Sant […]

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publicado: 20/01/2014 16h02,
última modificação: 20/01/2014 16h02

Entrega Sementes Algodão Sta. Rita 18.01.14 12“Vamos fortalecer o Campo”, com estas palavras o prefeito Luciano Duque iniciou o seu discurso neste ultimo sábado (18) na sede da Associação Comunitária dos Agricultores da Vila de Santa Rita, 7º Distrito de Serra Talhada.

 

A Secretaria de Agricultura Familiar do Município reuniu na oportunidade cerca de 50 agricultores da região de Sant Rita, Bernardo Vieira e Logradouro para dar início a 2ª etapa do projeto “Algodão Aroeira”, que busca a retomada da cultura do algodão na região.

 

O algodão, que até início dos anos de 1990 era considerado o “ouro branco” do sertão, foi responsável pelo desenvolvimento da região, tendo sido o município o maior produtor do produto no estado e um dos maiores do nordeste, tendo suas plantações dizimadas pelo bicudo, inseto ataca o casulo da planta .

Entrega Sementes Algodão Sta. Rita 18.01.14 15 

“No nosso projeto vamos produzir o algodão orgânico, consorciado com outras culturas, como milho e feijão, este é o método desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária), para combater o bicudo”, explicou José Pereira, secretário da Agricultura Familiar em Serra Talhada. O Algodão Aroeira é uma espécie resistente a seca e produz com pouca chuva, um fator que anima os agricultores, mas, o secretário informa que os agricultores estão proibidos de praticarem qualquer prática que não seja orgânica, como por exemplo, pulverizar contra pragas. Terão que cumprir todas as orientações dos técnicos, afim de não contaminar a pluma, o que tornaria inviável a sua comercialização.

 

Na 1ª fase do projeto foi cultivado 1 hectare no sítio Três Passagens, do agricultor José Moisés de Lima, o plantio rendeu 800 quilos de algodão, tendo sido extraídos destes, aproximadamente 400 quilos de sementes que agora estão sendo distribuídas para 50 agricultores, elevando o cultivo para 50 hectares. “Devemos elevar nossa produção, destes 800 quilos iniciais para algo em torno de 80 toneladas, daí teremos aproximadamente 25 mil quilos de sementes, neste ritmo, em 2015 queremos está com o projeto em toda zona rural do município”, comemora Pereira.

 

“É uma renda extra para o agricultor, e temos que levar em conta que o algodão orgânico tem um excelente preço no mercado. Esta é uma forma de fortalecer a economia das famílias do campo”, ratificou o prefeito Luciano Duque.

 

Neste projeto o agricultor entra basicamente com a terra e a mão-de-obra, o município irá patrocinar o preparo da terra, com aração do terreno e preparo do solo, assistência técnica, doação do vasilhame para armazenamento do produto e comercialização, neste caso, após a comercialização, o município repassa para o produtor o valor líquido apurado.

 

50 agricultores foram cadastrados, e todos assinaram conjuntamente com a Secretaria de Agricultura Familiar do Município um termo de compromisso de parceria para participação no projeto do Algodão Aroeira.

 

O prefeito,Luciano Duque ressaltou todo esforço que o Governo Municipal através da sua Secretaria de Agricultura vem fazendo para o fortalecimento do campo e anunciou que o município deve está recebendo ainda neste mês de fevereiro uma máquina perfuratriz. “Se em 2013 conseguimos com nossas parcerias perfurar mais de 100 poços na zona rural, imaginem com um perfuratriz própria, certamente vai ser de grande utilidade para amenizarmos sensivelmente a questão da água na zona rural e assim podermos fortalecer a produção de forragens para ração animal”, disse o prefeito.

 

No final da reunião foram distribuídos 8 quilos de semente de algodão para os agricultores, o Senhor José Moisés (Zé Lito), pioneiro no projeto foi o primeiro a receber e enfatizou que este ano pretende cultivar dois hectares. “A produção deste ano (800 quilos) chegou em boa hora, pois perdi tudo, somente o algodão escapou”, declarou ele.