O mundo celebra nesta segunda-feira (01) o Dia Internacional da Luta contra a AIDS. No Brasil já se passaram 30 anos desde a descoberta do primeiro caso, mas, a luta contra a discriminação e pela conscientização continua a mobilizar a sociedade.
A SEMU (Secretaria da Mulher de Serra Talhada) realizou no auditório da Câmara de Vereadores de Serra Talhada (CMST) encontro do projeto SAÚDE EM PAUTA, que tem participação do Instituto S.O.S Corpo, que combate as doenças sexualmente transmissíveis, com um olhar voltado para as mulheres.
Tocado em parceria com o Governo Federal, o Saúde em Pauta já cumpriu várias etapas, como: Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde e Educadores Sociais. As capacitações são oferecidas pelo S.O.S Corpo e vão até fevereiro de 2015.
“Essa atividade de hoje faz parte de um processo de educação, em especial discutiremos a “feminização” da AIDS, o que significa isso, a gente vai falar sobre o aumento da AIDS entre as mulheres. Por hoje ser o dia mundial de enfrentamento o escolhemos para iniciar este debate”, afirmou a educadora do S.O.S Corpo, Simone Ferreira. Sobre os números apresentados pelo Ministério da Saúde, Simone disse recebe-los “com muita preocupação”, pois segundo ela só em Pernambuco são mais de 20 mil pessoas soropositivas. “Ainda não saiu o boletim da Secretaria Estadual de Saúde para divulgar dados exatos de quantos homens e quantas mulheres, mas o crescimento entre as mulheres está evoluindo. No começo da epidemia era uma mulher para cada 10 homens, hoje é 1 pra 1 isso nos traz muita preocupação”, confessou a educadora.
O encontro desta segunda contou com a participação do Grupo Mulheres Atrevidas, formado por mulheres vivendo com HIV /AIDS que busca o fortalecimento do gênero, “para que elas tenham consciência da vivencia com HIV, que não é uma coisa que vai diminuir a gente na sociedade ou vai nos colocar num lugar especial. É o lugar de uma mulher comum como outra qualquer em busca de direitos, de acesso, de tudo que o estado deve oferecer”, explicou Josefa Conceição.
Para Tatiana Duarte, Vice-prefeita e Secretária da Mulher no município, “o foco é a prevenção, e evitar a infecção, este é um dos motivos do projeto, pois temos uma preocupação muito grande com as mulheres da década de 90 pra cá, há um acréscimo muito grande, as mulheres muito mais infectadas por “n” motivos”, disse ela. A secretária avaliou que as mulheres ainda não se impõem na hora de exigir o uso do preservativo. “Outro fator que contribui para a ampliação dos casos é a infidelidade”, avaliou Tatiana.