A Secretaria da Mulher de Serra Talhada (SEMU-ST) encontrou uma maneira divertida de passar um recado sério: Violência contra mulher é crime.
Através do teatro de boneco, ou mamulengo, como é mais conhecido, a SEMU-ST pretende levar cada vez mais adiante a conscientização para mulheres sobre a Lei Maria da Penha.
Nesta sexta-feira (24) o Grupo de Mamulengos Cangapé, de Caruaru, a convite da secretária da mulher de Serra Talhada, apresentou-se no auditório da Secretaria de Educação de Serra Talhada (SEST), para uma platéia de cerca de 80 pessoas, formada por professores, diretores de escola, coordenadores e artistas. O tema: A Lei Maria da Penha, transmitida em linguagem popular, conforme disse um dos integrantes do grupo, “o malulengo fala a linguagem do povo”.
Segundo Tatiana Duarte, Secretária de Mulher de Serra Talhada foi exatamente isso que despertou nela o interesse em aplicar a técnica no município. “Já vimos que apenas palestras não sensibilizam a população, principalmente as camadas de menor poder aquisitivo”, disse ela e continuou: “quando vi o teatro de bonecos me encantei, falei para mi mesma, é disso que precisamos, aí então fiz o convite, e aqui estamos, acreditamos que falando a linguagem do povo, através dos bonecos vamos sensibilizar muito mais, aí então poderemos diminuir os números assustadores da violência contra a mulher”, disse ela.
O projeto da SEMU-ST é levar primeiramente o “mamulengo” para as escolas, para conscientizar as crianças e através delas chegar aos pais, conforme explicam, para isso fecharam parceria com a Secretaria de Educação e já a partir da tarde desta sexta-feira e neste sábado, equipes das duas secretarias estão sendo capacitadas pelo pessoal do Grupo de Mamulengos Cangapé, para criação de textos e confecção dos bonecos.
“Vamos ter o nosso próprio teatro de bonecos, aí então vamos massificar a mensagem no município todo”, declarou Tatiana, que se disse muito animada, acredita ela que no final deste ano de 2014, as estatísticas da violência contra mulher já apresentem números bem menos expressivos. “É a nossa meta”, finaliza.