A Prefeitura de Serra Talhada, por meio da Secretaria de Saúde e da Coordenação de Tuberculose e Hanseníase, divulgou uma série de atividades que serão realizadas no município dentro da campanha nacional de combate à hanseníase (lepra), Janeiro Roxo.
O cronograma de ações começa na próxima segunda-feira (21), com ação de panfletagem e orientação no Pátio da Feira, às 08h, e atividades na Unidade de Saúde da Família – USF do Bairro Mutirão, onde serão realizadas palestras e busca ativa para diagnóstico da doença, no horário das 08h às 12h.
A campanha terá sequência com palestras, orientação e busca ativa durante todo o mês de janeiro nas Unidades de Saúde da Família do município, sendo já confirmadas as USF’s: IPA/Fazenda Nova e Malhada, dia 22; Varzinha, Centro Il, Bom Jesus II, São Cristovão, Cohab I e Santa Rita, no dia 23; Luanda/ Jardim, Ipsep I, Bom Jesus I e AABB, no dia 24; e Borborema e Caiçarinha/ Tauapiranga, no dia 25.
O dia D da campanha Janeiro Roxo será na quarta-feira (23), na Academia das Cidades do IPSEP, a partir das 18h30. O encerramento será na segunda-feira, dia 28, no Centro Municipal de Saúde.
SERVIÇOS
Campanha de Combate à Hanseníase (Janeiro Roxo)
Abertura: Segunda-feira, 21 de janeiro, 08h – Pátio da Feira
Dia D: Quarta-feira, 23 de janeiro, 18h30 – Academia das Cidades (IPSEP)
Encerramento: Segunda-feira, 28 de janeiro, 08h – Centro Municipal de Saúde
CRONOGRAMA NAS USF’S:
Mutirão (21/01)
IPA/Fazenda Nova, Malhada (22/01)
Varzinha, Centro Il, Bom Jesus II, São Cristovão, Cohab I, Santa Rita, (23/01)
Luanda/ Jardim, Ipsep I, Bom Jesus I, AABB (24/01)
Borborema, Caiçarinha/ Tauapiranga (25/01).
*Cronograma será atualizado durante o mês de janeiro 2019
O que é Hanseníase (Lepra)?
A hanseníase (Lepra) é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.
A hanseníase (Lepra) é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito secular atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, o nome Lepra e seus adjetivos passam a ser proibidos no País.
O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País.
Como a Hanseníase (Lepra) é transmitida?
A hanseníase (lepra) é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento.
A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de 2 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos.
Como prevenir a Hanseníase (Lepra)?
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno são as principais formas de prevenir as deficiências e incapacidades físicas causadas pela hanseníase. A prevenção de deficiências (temporárias) e incapacidades (permanentes) não deve ser dissociada do tratamento PQT. As ações de prevenção de incapacidades físicas fazem parte da rotina dos serviços de saúde e recomendadas para todos os pacientes.
A avaliação neurológica deve ser realizada:
- No início do tratamento;
- A cada 3 meses durante o tratamento, se não houver queixas;
- Sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas;
- No controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados reacionais e neurites;
- Na alta do tratamento;
- No acompanhamento pós-operatório de descompressão neural, com 15, 45, 90 e 180 dias.